A paisagem e a chamada natureza morta são dois temas sempre presentes na pintura, tratados com linguagens, que vão desde o hiper-realismo, ao quase abstraccionismo.
A época áurea da pintura da natureza foi, sem dúvida, o naturalismo, com nomes que são referências na pintura portuguesa, como Artur Loureiro, Silva Porto, Marques de Oliveira, Condeixa, José Malhoa, António Saúde, Veloso Salgado, Henrique Pousão e muitos outros.
António Joaquim, que inaugurará a sua próxima exposição, a que chamou - Obras a partir de 2003 -, no próximo dia 5 de Março, sábado, às 17 horas, é hoje, um dos mais qualificados paisagistas, trabalhando, com igual qualidade o óleo, o acrílico e a aguarela.
A sua primeira grande exposição individual foi realizada nesta Galeria, em Outubro de 1980.
António Joaquim, que nasceu em Santa Maria da Feira em 1925, é o exemplo perfeito do autodidata total, que à custa de muito trabalho e um inegável talento, atingiu um nível técnico e artístico, verdadeiramente invulgar.
Como no catálogo de uma sua recente exposição escreveu o Prof. António Quadros Ferreira, “a pintura
é um processo em permanente aprendizagem, em crescimento, em ruptura, em contraste, em equilíbrio, em ideia. Em constante e permanente relacionar da matéria e da textura”.
Assim tem sido a pintura para António Joaquim. Um processo em permanente aprendizagem, crescimento e melhoria de qualidade. Sempre nos permite encontrar algo de novo em cada uma das suas exposições. A presente mostra é o culminar de um processo de cerca de mais de seis décadas de trabalho, em que
inevitavelmente algo de novo acontece. De magia e sublimação.
António Joaquim é um dos pintores com maior número de presenças na Galeria de Arte do Casino, onde realizou exposições individuais em 1980, 1982, 1986, 1996 e 1997, tendo participado em 17 Salões de Outono e em algumas dezenas de outras colectivas. Ele pretende que esta seja uma das suas melhores exposições de sempre.
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